terça-feira, 19 de abril de 2011

INSEGURANÇA, MEDO E SUPERPROTEÇÃO




Atualmente vivemos momentos de muitas crises, seja ela financeira, social ou ate pandêmica, mas nada comparado as dificuldades de 30, 40 anos atrás, onde nossos pais e avós tinham que muitas vezes desbravar as terras em busca do que produzir para comer e beber.
Com todo esse cenário a geração de filhos e netos que constituíram as famílias atuais, tiveram muito mais facilidades, podendo assim oferecer aos filhos muito mais do que os pais puderam dar, em função das dificuldades daquela época. Dessa forma, acabam, involuntariamente ou não, dando aos filhos como se fossem a si mesmos.
Porém, esquece de algo básico na educação que é “não dar o peixe e sim ensinar a pescar”. Dão demais, protegem demais, tornando-se pais superprotetores.
Um grande problema dos pais superprotetores é reconhecer que eles estão falhando no processo de aprendizagem do filho. Em geral, não percebem que, ao tentar fazer de tudo pela criança, estão evitando que ela aprenda a lidar com as próprias frustrações. E isso é fundamental no crescimento e desenvolvimento do caráter e da personalidade.
Em algumas situações, é necessário que os desafios sejam enfrentados por conta própria. É uma forma de estimular o raciocínio e a busca da autonomia para encontrar soluções.
Segundo Hamilton Wright Mabie “a mãe ama o filho da mais divina forma não quando o cerca de todos os confortos e se antecipa a todos os desejos, mas quando resolutamente dele exige os mais altos padrões e não se contenta com nada menos do que seja capaz de dar”.
A psicologia é uma ferramenta extraordinária nesse tratamento, pois é através da psicoterapia que as pessoas dependentes podem se dar conta do enredo no qual fazem parte, e aí, decidirem se querem vivenciar outra possibilidade, que não seja a dependência de alguém.
A psicoterapia ainda pode ajudar os pais na dificuldade que é aceitar que os filhos podem e devem conviver com a dificuldade, que é muitas vezes, na dificuldade que se cresce e amadurece para a vida, assim, colaborando com os pais a lidarem com a frustração da separação dos filhos.


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